Mais um crime ambiental e urbanístico. Ergue-se o 33º barraco irregular na ZPA7 de Natal

Nessa bela manhã ensolada de 4 de abril de 2017, lá estava eu orientado mais uma prazerosa sessão de hidroginástica na enseada da Praia do Forte de Natal, com mais de 20 felizes usuários, quando observei uma atividade bem suspeita e degradante na única área da restinga e de desova de tartaruga da enseada da Praia do Forte ainda não ocupada por irregulares e decrépitos barracos comerciais.
Observei que um casal fazia a supressão da vegetação fixadora da restinga e realizavam escavamento do terreno para embasar as estacas. Sim, não tinha dúvida, estava nascendo o 33º barraco irregular, em plena luz do dia, na área praiana da Zona de Proteção Ambiental 7 de Natal.

Comentei indignado com alguns alunos, quando um lembrou-me que o prefeito de Natal estava a poucos metros papeando dentro d'água com um grupo de banhistas habituais. Quase num grito de socorro, gritei: - Prefeito! Está nascendo mais um barraco nessa favela. Vamos tentar impedir. Ele respondeu: - Não se preocupe professor, logo todos sairão. Então respondi em alto volume: - Estão ainda escavando e tirando a vegetação, o que é crime ambiental. Vão impedir. E ele acenou e com um sorriso e se voltou a papear. Eu entendi, nas entre linhas: "Para com isso professor. Tô no meu lazer". Claro que me passou também a ideia de algum xingamento, nas entre linhas.

E eu triste, foito cão sem dono, terminei a sessão de hidroginástica, agradeci os alunos e fui pegar meu celular e passei a ligar e mandar uma mensagem, um pedido de socorro também da mãe natureza, para a secretária titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Natal e o chefe da fiscalização, tento impedi mais um crime ambiental e urbanístico. Recebi secretária uma mensagem de resposta que estava encaminhando a situação. Onde vai chegar... ainda não sei. Os entraves burocráticos são lerdos e os criminosos são céleres. Noutra postagem direi no que deu.

EcoAbraço.

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