ETE de Tratamento Terciário: Entenda.

O tratamento terciário, nem sempre presente nas nossas ETE´s, geralmente é constituído de unidades de tratamento físico-químico que têm como finalidade a remoção complementar da matéria orgânica e de compostos não-biodegradáveis, de nutrientes, de poluentes tóxicos e/ou específicos de metais pesados, de sólidos inorgânicos dissolvidos e  sólidos em suspensão remanescentes, e de patogênias por desinfecção dos esgotos tratados.

Inclui etapas específicas e diversas, de acordo com o grau de depuração que se deseja alcançar, caracterizando tratamentos para situações especiais, com o objetivo de completar o tratamento secundário, sempre que as condições locais exigirem um grau de depuração excepcionalmente elevado (usos ou reúsos das águas receptoras).

Os principais processos de tratamento de efluentes líquidos a nível terciário são:

- REMOÇÃO DE SÓLIDOS DISSOLVIDOS
Osmose Reversa;
Troca Iônica
Eletrodiálise Reversa;
Evaporação

- REMOÇÃO DE SÓLIDOS SUPENSOS
Macrofiltração;
Microfiltração;
Ultrafiltração;
Nanofiltração;
Clarificação: Ozonização

- REMOÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS
Ozonização;
Carvão Ativado.

- DESINFECÇÃO
Cloro; ozônio; dióxido de cloro (ClO2); permanganato de potássio; cloramidas; radiação ultravioleta, entre outros meios.

ESTAS INFORMAÇÕES ESTÃO CONTIDAS NO LIVRO "REÚSO DE ÁGUA".
AUTORES: Ariovaldo Nuvolari / Regina Helena Pacca G. Costa - PÁG 70
Mais informações, ACESSE :
http://store-tratamentodeagua.locasite.com.br/loja/produtos_info.php/cPath/9_12/products_id/644

A ETE do Baldo em Natal (RN) foi projetada e é gerida pela CAERN, para ter tratamento terciário e tecnologia capaz de retirar todos os odores inconvenientes do esgoto e do processamento. Mas, para as pessoas, como eu, que passam pela popular Ladeira da Catinga, próximo ao Passo da Pátria, raramente não é incomodado pelo forte fedor. Imagine quem reside, trabalha ou estuda na proximidade da ETE, no curso do vento, deve sofrer grande incômodo e até vergonha quando recebe o visitante não acostumado com o fedor. Quem chegou ali primeiro a comunidade ou a ETE? Se a comunidade a ETE não deveria ser implantada ali e sim em uma locação mais próximo do estuário e a favor do vento e seu produto final lançado em alto mar via emissário submarino ou reaproveitado com água de reuso.

E também sobre a eficiência na retirada todos os elementos nocivos ao meio ambiente, o produto da ETE é questionado, inclusive, pela bióloga Rose da ONG NAVIMA. Suas pesquisas vem apontando a presença de metais pesados e outros elementos indesejados em crustáceos e outras espécies aquáticas que habitam a área de descarga da ETE do Baldo.

Assim, desenvolver novas ETE's em locais  de grande fragilidade ecológica, de necessidade de boa salubridade de nascentes e cursos d'águas, de áreas de interesse turístico e próximo a áreas residenciais é totalmente inapropriado e inaceitável. ETE no Guarapes.. NÃO!!.

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