Projeto HiperParque Potengi tenta equalizar os interesses na ZPA8A.

No próximo 22/04/17, Dia do Planeta Terra, completarei 51 anos nessa minha veste carnal e quase 20 anos de ativismo socioambiental. Entendo que estou "mais pra lá do que pra cá", como diz o matuto. Se viver como pessoa comum já tem seus muitos risco de morte prematura, quando se é ativista ambiental, dentre outros segmento, amplia-se o risco de sofrer uma "morte matada" reativa das denúncias e enfrentamentos que fazemos contra agressões e apropriações irregulares de bens públicos ou de interesse público ambientais e patrimoniais. Quase sempre essas denúncias acabam inócuas, em vão, sem o Estado investigar com eficiência e mais ainda punir os infratores e fazer reparar os danos provocados.  Não, não estou desistindo do cargo voluntário de "curupira urbano', apenas entendo que, pelo menos eu, meu histórico de insucessos, retaliações e riscos de morte devo devo incrementar outras estratégias e testar se serão mais eficientes e agregadoras e promotoras de ganhos sociais e ambientais em larga escala. 

Nessa linha, abrirei mais espaço para diálogos participativos e construtivos. Chamarei para a mesa de diálogo/negociação (não é negociata), inclusive, os "homens da moto-serra", da betoneira e do dinheiro, além de lideranças e representações comunitárias. Sei que não será tarefa fácil, mas o diálogo será fundamental. Sem esse pessoas representando o poder econômico e a influência política, jogam a mídia de massa e os tratores contra nós ambientalistas, a natureza e os mais fracos em artilharia financeira, política e técnica.

Para a primeira mesa de diálogo/negociação, priorizaremos um conflito real que envolve ou tem centro no setor A da Zona de Proteção Ambiental 8 de Natal (ZPA8A), propondo conciliar preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico sustentável. A área foco é a parte de mangue e mata ciliar, não edificada, especialmente, aquela descaracteriza por ação humana. A proposta nasce de estudos e diálogos (ainda em curso), que demandam mais aprofundamento e sistematização. Essa proposta inicial chamo de complexo HiperParque Potengi.

O ponto de partida é uma espécie de Master Plan do núcleo ambiental da ZPA8A, que tomei a liberdade de rascunhar/esboçar, que dispõe possíveis locações para desenvolver estudos de viabilidade atendendo várias demandas e idéias, que vão de um porto maior e mais adequado, um parque dos Mangues, reserva Extrativista para pescadores e marisqueiras, o santuário (da padroeira) e novas locações para ponte, ETE Jaguaribe e uma Marina Fluvial Privada. Excluí a carcinicultura, pois já teve sua vez e deu suas contribuições negativas ambientais. A carcinicultura, por sinal, pode e deve se instalar noutras áreas que não seja área de mangue como prever as leis federais e como apontam sérias pesquisas, até mesmo para assegurar mais produtividade, segurança jurídica e menso doenças. O sistema produtivo desenvolvido pela CAMANOR deve ser uma boa referência para o desenvolvimento dessa atividade econômica. 

Em breve divulgaremos o novo Mapa/Imagem conceitual do complexo proposto. (o antigo foi retirado para revisão/atualização). 

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